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Sem asas ao amanhecer

 

LUCIANA SCOTTI
São Paulo: O Nome da Rosa. 2003.

 

Neste livro, a autora Luciana Scotti conta sua história após sofrer um Acidente Vascular Cerebral – uma trombose cerebral – aos 22 anos de idade, provavelmente resultado do uso de pílula anticoncepcional associada ao uso de cigarro. Como sequela apresentou dificuldades linguísticas de natureza motora (disartria) e dificuldade motora(tetraplegia).

 

“Você tem agora em suas mãos dois sonhos: o sonho de uma editora e o de uma escritora.

 

Em 1997, O Nome da Rosa procurava se constituir de uma maneira diferente, buscando ideias e vida pra veicular entre seus leitores. Naquele mesmo ano, uma menina-mulher procurava alguém que publicasse seu livro, escrito com muita dificuldade.

 

Conheci Luciana já em uma cadeira de rodas, sem poder falar. O brilho que vi imediatamente em seus olhos foi a confirmação de que nosso encontro já estava predestinado.

 

E trabalhamos duro, durante meses, uma colada à outra, pra fazer vingar nossas vontades. Para editar o extenso material que Luciana havia escrito durante três anos, não podíamos depender da cartela de sinais que ela usava para soletrar suas ideias. Além de nossos encontros quase semanais, do contato físico gostoso e carinhoso, começamos a nos comunicar pelo computador, via Internet, um meio pouco usual na época…

 

Trocamos ideias, comentários, revisões e até segredos. Assim, fui conhecendo Luciana, sua intimidade, seus pensamentos, suas emoções, sua voz – e como fala, é exigente, inteligente e divertida essa menina! Conheci, na verdade, uma grande guerreira.

 

Hoje, passados tantos anos, tenho um orgulho imenso de publicar esta nova edição de seu primeiro livro, que se tornou um sucesso, e ver Luciana caminhando a passos largos em sua vida pessoal, social e profissional. Mais que isso, tenho orgulho de ter me tornado sua companheira de viagem em muitos de seus sonhos que, aliás, sempre viram realidade.

 

Este exemplo de vida que aqui está é para ser aproveitado, em todas as suas letrinhas, por cada um de nós.” (Tula Melo)

 

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