Como assim AVC? Uma história sobre recomeçar

Como assim AVC? Uma história sobre recomeçar.

Lísia Daniella

São Paulo: Dialética Literária, 2021

A experiência de quase-morte e os desdobramentos de uma vida enclausurada no próprio corpo são o pano de fundo da história real da jovem de 30 anos sobrevivente a dois acidentes vasculares cerebrais, aparentemente sem causa.

A vida pulsando dentro de si foi o alicerce da escada mental que ela utilizou para sair do buraco de incertezas em que se viu após ser condenada ao prognóstico da tetraplegia e da síndrome do encarceramento. Você descobrirá de que forma os degraus desta escada foram construídos a partir de um verdadeiro tour pelas situações mais agonizantes que uma pessoa totalmente incapaz experimentou.
Esta história é dela, mas é também de todos que, de alguma forma, sobreviveram e aprenderam o que é viver após uma tragédia particular, seja você vítima, parente, amigo, profissional da área da saúde ou apenas um curioso por histórias de sobrevivência e recomeços de vida.

Esta é uma história que fala de fé, mas também de desânimo; que fala dos anjos e dos demônios que surgiram durante a sua trajetória de recuperação, mas também do que eles lhe ensinaram; que fala dos dias sem cor e sem gosto, bem como dos dias mais coloridos e saborosos que é possível vivenciar após uma grande tragédia. Sobretudo, é uma história autobiográfica que narra em detalhes a experiência de quem acreditou ter perdido tudo, mas na verdade encontrou o que realmente precisava para recomeçar.

Ela recomeçou e você também descobrirá que pode recomeçar, seja lá o que tenha lhe feito paralisar.

Com a coragem de quem quer viver em movimento, após superar o enclausuramento no próprio corpo causado por dois AVCs (acidentes vasculares cerebrais) sem causa aparente, a autora em sua narrativa biográfica apresenta a jornada de superação que contrariou o prognóstico de invalidez. Abrindo as portas do obscuro mundo da reabilitação e descobrindo toda a luz que envolve o poder da neuroplasticidade, narra em detalhes como a fortaleza interior, a vontade de viver e o poder da empatia foram determinantes para a sua inesperada e improvável recuperação.