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Conviver com o afásico

Conviver com o afásico

Saiba como ajudar

Cada afásico é único. Cada pessoa com afasia é diferente da outra. Portanto, a mesma forma de interagir e de se comunicar com quem tem afasia pode dar certo para umas, e ser frustrante para outras. Não existe uma receita. Existe aprendizado no cotidiano, existem trocas e experiências que permitem à pessoa com afasia e ao seu interlocutor construir conjunta e reciprocamente a melhor forma de interação. O fonoaudiólogo tem o olhar, a escuta e a palavra para ajudar nesta caminhada.

Afásico por um dia!

Dicas do que NÃO fazer com um AFÁSICO

Não ignore. Não isole, nem coloque muita gente falando junto. Não exponha com situações estressantes. Não exija que fale corretamente. Não somos “café com leite”! Não nos apresse para falar logo, nem mude de assunto. Nem finja que está entendendo. Não fale por nós. (Giuliana Cavinato)

Saiba como ajudar!
O que fazer. Dicas.

Inclua nas conversas. O afásico não se tornou uma criança, nem surdo e nem incapaz. Eles precisam de mais tempo para configurar as coisas. Olha nos olhos da pessoa. Explique devagarzinho, objetivamente o que quer dizer. Às vezes, muita gente, cinco pessoas, parece uma banda de rock! No início é uma pessoa no olho conversando devagar e vai aumentando aos pouquinhos, gradativamente. Há um modo construtivo de corrigir. Podemos assumir pequenas tarefas e decisões gradativamente. Escute com calma e pergunte as suas dúvidas. Controle um pouquinho a sua ansiedade. Deixe nos expressar com as dificuldades, isso ajuda a encarar e progredir, se não nós acomodamos atrás de quem nos protege, e dar suporte não significa passar na frente. Dar suporte, não é para falar. (Giuliana Cavinato)

Saiba como ajudar!

Incentive. Desperte a sensação de ânimo, interesse de fazer as coisas, falar. E tenha muita paciência. Converse com os afásicos. Diga que você consegue imaginar o que ele está passando, essa angústia existe de verdade. Estimule. Crie oportunidade para falar. Se atente sobre a importância do que ele quer falar, porque às vezes existe a necessidade de falar algo relevante. (Giuliana Cavinato)

O que fazer. Dicas.

Compartilhe assuntos da casa, decisões da família, uma notícia da televisão, contar sobre a vida, enfim, crie oportunidade. Às vezes o afásico precisa muito, muito falar: “Estou com muita dor”, “Precisa ir no dentista”, “Veja a minha conta bancária”. Ajude a encontrar sua personalidade real, usando palavras, frase, música, palavrões, entre outras coisas que faça lembrar do que era antes. É dividir coisas pra gente melhorar a sensação dos afásicos e também de vocês que estão sofrendo. (Giuliana Cavinato)

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